As redes comunitárias como resistência à concentração de poder sobre meios de informação e comunicação

Ao propor que os meios de conexão sejam governados localmente pela e para a comunidade, as redes comunitárias despontam como meio de resistência e escape ao processo de concentração de poder sobre a infraestrutura de rede. Acompanhar e descrever como esses processos se encaminham, por sua vez, é parte de uma pesquisa-ação que vem sendo desenvolvida desde o ano passado.

Pontos importantes da disputa sobre os meios de informação e comunicação são descritas no vídeo “Concentração, resistência e apropriação”. A produção oferece uma perspectiva sobre o que está em jogo quando poucos atores controlam as infraestruturas de comunicação, assim como também se detém na observação e construção de modos de ação que são políticos e técnicos.

A trajetória da pesquisa-ação passou pelas oficinas Apropriação de redes locais: política e culinária do LibreMesh (outubro de 2017) e Ativação do espectro eletromagnético por Redes locais autônomas (abril de 2018). Bruno Vianna (Coolab), Diego Vicentin (LAVITS/Unicamp), Marcelo Saldanha (Coolab), Thiago Novaes (Coolab) estiveram à frente da primeira atividade, realizada como parte da programação do III Colóquio Internacional Gilbert Simondon, no Rio de Janeiro. A segunda oficina contou com a coordenação de Daniela Araújo (MariaLab), Diego Vicentin (LAVITS/Unicamp), Gabriel Fedel e Pedro P. Ferreira (Unicamp) durante o 5º Encontro de Divulgação de Ciência e Cultura, em Campinas.

 

 

O vídeo foi formulado e editado como parte do trabalho de pós-doutorado de Diego Vicentin, realizado sob coordenação de Marta Kanashiro (Lavits). Débora Prado, pesquisadora da Lavits, também esteve entre as responsáveis pelo roteiro, argumento e produção. A apropriação dos recursos audiovisuais é mais um passo na direção de divulgar o tema da conectividade comunitária, já na esteira das oficinas que serão realizadas durante o segundo semestre de 2018. A próxima atividade, planejada para outubro, deve abrigar mais discussões e ações a respeito das tecnologias para redes autõnomas.

 

 

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